sexta-feira, março 04, 2005
A novela da minha vida
Capitulo 15
Quadrilha Junina. (para a garota que não sei o nome)
Você já teve uma grande paixão quando era criança, dessas que fazem agente ficar olhando para o nada, com cara de bobo? Eu já, foi na minha longínqua infância, não sei o seu nome, de onde ela veio, nem pra onde ela foi, apenas lembro dela e da semana em que passamos juntos, da semana que ela foi minha e eu fui dela (ou quase isso).
Viva a São João! (e a pró Lucidalva também!)
Estávamos no mês de Junho, mês das laranjas, dos milhos, dos amendoins e das festas juninas, minha professora Lucidalva (outro grande amor da minha vida), resolveu fazer uma quadrilha de São João com os alunos dela, então foram organizados os pares, eu fiquei de fora, pois não quis participar (a dona timidez não deixou), porém eu toparia se meu colega Angelito não tivesse escolhido minha grande paixão para dançar, acho que foi amor (de criança) à primeira vista, eu não conhecia aquela garota, acho que era de outra sala e só foi incluída na quadrilha, para completar os pares, mas isso nem importava, pois eu estava apaixonado.
Angelito não sabe dançar! (Lá lá lá lá lá, bem pouco!)
Os ensaios para a apresentação da quadrilha eram feitos dentro da sala, eu assistia todos e morria de inveja do Angelito, na verdade não sentia muita inveja, pois ele dançava muito mal e sempre errava os passos, de tanto errar a professora resolveu tirar ele da quadrilha. (na verdade ele é que pediu para sair, mas prefiro dizer que foi expulso, pois faz eu me sentir vingado). Advinha quem ela chamou para dançar com a minha paixão? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu! Yeeeeessssssssssssssss!
E com vocês: O parceiro Alex! (Xiii, ela é mais alta do que eu!)
Ela estava linda naquele dia, a pele macia, os cabelos loiros, suas mãos estavam quente e eu estava no céu, como assistia todos os ensaios, já havia decorado os passos da quadrilha, por isso comecei a ensaiar no mesmo dia em que o Angelito saiu (expulso), foi lindo, poder dançar com minha paixão, sentir os dedos dela escorregarem pelos meus, olhar nos olhos dela, bem isso eu não fiz, pois ela era mais alta do que eu, mas pude dançar olhando a sua boca que também era linda, ah, que boca linda tinha ela...
Chegou o dia da apresentação (Mamãe pra que esse lápis?)
Camisa de quadrinhos, chapéu de palha, calça jeans com retalhos de tecido colorido costurados nas pernas e, é claro: barba, costeletas e bigode desenhados no meu rosto com lápis delineador. Era assim que eu estava vestido (eca!). Eu proibi minha mãe de me ver dançar a quadrilha, ficaria com vergonha se ela estivesse lá me olhando durante a apresentação (mas ela foi escondida e viu tudo), por isso, fui sozinho para a escola nesse dia, lembro da sensação de estar sendo observado por todo mundo, por causa da barba pintada em meu rosto, mas quando cheguei na escola passou (meus colegas estavam ridiculamente pintados como eu).
Olha a quadrilha! (E agora? Meu chapéu caiu!)
A apresentação foi um sucesso, não erramos nenhum passo, fizemos tudo certinho, ou quase, meu chapéu caiu quando eu estava dançando, eu não sabia se soltava a mão de minha paixão e pegava o chapéu, ou se terminava a apresentação sem ele, achei melhor pegar, dei sorte que não atrapalhou em nada e terminamos a apresentação aplaudidos de pé (mesmo porque, não havia cadeiras para sentar). E foi assim que minha paixão foi minha pela primeira e única vez, não lembro dela no dia seguinte, não lembro nem do dia seguinte, mas desse nunca vou esquecer.
Capitulo 15
Quadrilha Junina. (para a garota que não sei o nome)
Você já teve uma grande paixão quando era criança, dessas que fazem agente ficar olhando para o nada, com cara de bobo? Eu já, foi na minha longínqua infância, não sei o seu nome, de onde ela veio, nem pra onde ela foi, apenas lembro dela e da semana em que passamos juntos, da semana que ela foi minha e eu fui dela (ou quase isso).
Viva a São João! (e a pró Lucidalva também!)
Estávamos no mês de Junho, mês das laranjas, dos milhos, dos amendoins e das festas juninas, minha professora Lucidalva (outro grande amor da minha vida), resolveu fazer uma quadrilha de São João com os alunos dela, então foram organizados os pares, eu fiquei de fora, pois não quis participar (a dona timidez não deixou), porém eu toparia se meu colega Angelito não tivesse escolhido minha grande paixão para dançar, acho que foi amor (de criança) à primeira vista, eu não conhecia aquela garota, acho que era de outra sala e só foi incluída na quadrilha, para completar os pares, mas isso nem importava, pois eu estava apaixonado.
Angelito não sabe dançar! (Lá lá lá lá lá, bem pouco!)
Os ensaios para a apresentação da quadrilha eram feitos dentro da sala, eu assistia todos e morria de inveja do Angelito, na verdade não sentia muita inveja, pois ele dançava muito mal e sempre errava os passos, de tanto errar a professora resolveu tirar ele da quadrilha. (na verdade ele é que pediu para sair, mas prefiro dizer que foi expulso, pois faz eu me sentir vingado). Advinha quem ela chamou para dançar com a minha paixão? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu! Yeeeeessssssssssssssss!
E com vocês: O parceiro Alex! (Xiii, ela é mais alta do que eu!)
Ela estava linda naquele dia, a pele macia, os cabelos loiros, suas mãos estavam quente e eu estava no céu, como assistia todos os ensaios, já havia decorado os passos da quadrilha, por isso comecei a ensaiar no mesmo dia em que o Angelito saiu (expulso), foi lindo, poder dançar com minha paixão, sentir os dedos dela escorregarem pelos meus, olhar nos olhos dela, bem isso eu não fiz, pois ela era mais alta do que eu, mas pude dançar olhando a sua boca que também era linda, ah, que boca linda tinha ela...
Chegou o dia da apresentação (Mamãe pra que esse lápis?)
Camisa de quadrinhos, chapéu de palha, calça jeans com retalhos de tecido colorido costurados nas pernas e, é claro: barba, costeletas e bigode desenhados no meu rosto com lápis delineador. Era assim que eu estava vestido (eca!). Eu proibi minha mãe de me ver dançar a quadrilha, ficaria com vergonha se ela estivesse lá me olhando durante a apresentação (mas ela foi escondida e viu tudo), por isso, fui sozinho para a escola nesse dia, lembro da sensação de estar sendo observado por todo mundo, por causa da barba pintada em meu rosto, mas quando cheguei na escola passou (meus colegas estavam ridiculamente pintados como eu).
Olha a quadrilha! (E agora? Meu chapéu caiu!)
A apresentação foi um sucesso, não erramos nenhum passo, fizemos tudo certinho, ou quase, meu chapéu caiu quando eu estava dançando, eu não sabia se soltava a mão de minha paixão e pegava o chapéu, ou se terminava a apresentação sem ele, achei melhor pegar, dei sorte que não atrapalhou em nada e terminamos a apresentação aplaudidos de pé (mesmo porque, não havia cadeiras para sentar). E foi assim que minha paixão foi minha pela primeira e única vez, não lembro dela no dia seguinte, não lembro nem do dia seguinte, mas desse nunca vou esquecer.