quarta-feira, janeiro 19, 2005
A última poesia não tem título
Não tem métrica
Não tem rima
A última poesia não diz nada
Pois é muda
E é surda
E é cega
A última poesia não chegará a lugar algum
Pois não anda
(Engatinha em círculos)
A última poesia foi feita em três minutos
Lida em um
Esquecida em meio
A última poesia terminou
Não falou de amor
E nem explodiu no final